2 de dezembro de 2019
Depois de quase onze anos como sócia em uma rede de franquias do ramo de beleza, com mais de 70 unidades, a empreendedora Claudia Vobeto, 44 anos, decidiu recomeçar do zero. Ela ainda queria empreender no segmento, mas considerou que era hora de passar a poder tomar todas as decisões por conta própria – inclusive sobre o ritmo de inovação da empresa, que ela queria acelerar. Assim, em janeiro deste ano, surgiu a Majô Beauty Club.
Claudia conta que a nova empresa nasceu da vontade de fazer “mais e melhor dentro do mercado de beleza” e trazer a visão que tinha como consumidora para dentro do negócio. “Era uma vontade genuína de ouvir minha intuição, trazer mais serviços e tecnologia e abranger um mercado maior para o meu franqueado.”
A empreendedora e a antiga sócia chegaram a um acordo de que os ativos da franqueadora anterior eram as unidades. Dessa forma, decidiram que ela poderia convidar os parceiros a segui-la sob a nova marca, sem aplicar a cláusula de não concorrência, comum em contratos de franquia.
“Apresentamos a Circular de Oferta de Franquia (COF) e demos a oportunidade de eles pensarem e aderirem ao sistema. Não era uma decisão fácil para eles, pois estavam com negócios rentáveis e muitos já consolidados. No entanto, tive uma adesão massiva”, relembra Claudia. Dessa forma, a Majô Beauty Club já nasceu com 33 franqueados e deve encerrar o ano com 35. A expectativa de faturamento da marca nos primeiros doze meses de operação é de R$ 13 milhões.
A decisão
Planejando o voo solo, Claudia desenhou o modelo da nova marca por três anos antes de apresentar à rede. “Eu reuni todo mundo e falei que era um projeto novo. Eu sabia que corria o risco de começar a marca sem ninguém, por isso sempre coloco para eles que só sou forte se tiver franqueados. Mantivemos as condições anteriores, continuamos com o que tinha de bom e eliminamos o que não víamos mais necessidade.”
Claudia conta que a credibilidade conquistada ao longo dos anos fez com que os empreendedores acreditassem no seu sonho. “A mudança só se justifica quando agrega algum valor. Para conseguir fazer esse resultado são só dois caminhos: precisa ter muita credibilidade e um bom histórico, ou começar a rede com um aporte gigantesco de dinheiro. Nascer com uma base já robusta, faturando, foi fundamental porque me deu um ganho de escala em diversas áreas.”, diz.
Investimento massivo em tecnologia
Ao longo de 2019, a Majô Beauty Club investiu mais de R$ 1 milhão em inovação, que envolveu tecnologia e o lançamento de 27 produtos químicos e cosméticos.
Em dezembro, começará a rodar um modelo de autoatendimento na loja piloto, em Goiânia, que deve ser estendido para toda a rede a partir de fevereiro, caso não seja necessário realizar nenhum ajuste.
Neste canal, que lembra o autoatendimento adotado pelas redes de fast food nos últimos anos, o cliente realiza o agendamento pelo aplicativo da marca e confirma a presença na loja por meio de um totem, sem ser necessário ir até a recepção. Se não houver horário agendado, também é possível checar a disponibilidade pelo aparelho.
Este ano aconteceram dois grandes eventos de treinamento para as equipes dos franqueados. Claudia pretende investir com ainda mais foco nesse quesito nos próximos anos. Para 2020, o plano é expandir a rede na Região Sudeste. Atualmente, a maior base está em Brasília (DF).
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